sábado, 17 de março de 2012

Amor inócuo de Yanomami



Ao passo que me distancio, me aproximo

Sumistes... Esqueço-me

A ironia é que só ao aproximar a tua imagem à menina dos meus olhos


Retoma em meu pensamento

Uma lembrança irreverente

Eloquência triste daquilo que não aconteceu

Inunda a minha mente

Nas águas negras do teu rio

Que agora corre para outros horizontes




No amago profundo da minha loucura insensata, desde os primórdios da minha existência

Reside um lindo sentimento regado pela timidez e a obscuridade do medo da perda

Assim, o melhor mesmo é pairar no ar

Manter tudo na mais profana subjetividade incessante

Com estranhas oscilações em entre admiração profanada e idealização da perfeição humana

Por que em ti, meu grande amor, não há defeitos

Apenas o de não ter a enigmática percepção daquilo que nunca se se manifestou







Timidez desgraçada! Eu te odeio!
 Fruto de uma tenra infância regrada com exacerbadas doses de preconceito

Se não fosse por você eu arriscaria o tudo ou o nada

Entretanto, és tu famígera infiel

Que garantes a permanência deste amor rarefeito
















Meu amor, jasmim azul.

Miguel Penha, óleo sobre tela.
Jasmim azul, 90cm x 90 cm - 2010

Ahh ...
Esse cheiro de jasmim
O da minha casa era branco ...
O da casa dele azul

Sai de mim cheiro de jasmim!
Empregnou na minha alma

Eu te ordeno: sai da minha mente!